De acordo com pesquisa feita em 2023 pelo Censo Escolar,existem aproximadamente 1,5 milhões de alunos com algum tipo de deficiência auditiva matriculados na educação básica e recebendo algum apoio especial em sala de aula. Partindo disso, vemos a extrema necessidade crescente de inclusão educacional para garantir os direitos e oportunidades para essa parcela da população. Por isso, é importante que auxiliares escolares possam garantir o conhecimento na Linguagem Brasileira de Sinais, pois isso confere ao aluno o direito de estudar. Neste artigo, abordaremos sobre a importância e o funcionamento da Libras e como saber sobre ela pode te ajudar não só na área da educação, mas também em diversas outras áreas profissionais e aspectos da vida.
Como a Libras surgiu
Tudo começou com a vinda do Francês Ernest Huet, que veio para o Brasil em 1857 e assumiu a diretoria do Instituto Imperial de Surdos-Mudos, hoje conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos(Ines). Huet era surdo desde os 12 anos de idade. Com o seu trabalho, foi desenvolvido uma linguagem de sinais brasileira, unindo sinais da língua francesa com sinais utilizados pelo abade L’Épée.
Huet implantou a então “Libras” na educação de surdos-mudos, que predominou até o começo do século XX, onde ocorreu uma inferiorização e discriminação com essa forma de comunicação.
Foi somente na década de 70 que a Libras foi reconhecida como uma língua oficial, reconhecendo que o aluno surdo deveria se desenvolver bilíngue, falando português e Libras. Desde então, diversos direitos da comunidade surda foram conquistados, como a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que determinou que a Libras deve ser reconhecida como meio legal de comunicação e expressão da comunidade surda brasileira e que o poder público deve fornecer meio para o uso e difusão da Libras no Brasil.
Características da Libras
A Libras é uma língua, e não uma linguagem. Isso significa que ela tem toda sua estrutura bem definida, com semântica, gramática e sintaxe próprias. Com essas características, ela se torna uma língua diferente do português!
Ela possui um caráter totalmente gestual-visual, utilizando de expressões faciais, corporais e gestos para transmitir a comunicação, diferente do português, que é uma linguagem oral.
Além disso, quando não se tem um sinal para algo, o mais comum é soletrar aquilo de acordo com o alfabeto abaixo:
Inclusão Social
A linguagem de sinais promove a inclusão social dentro das escolas. Quando todos os estudantes, incluindo os que não têm deficiência auditiva, aprendem a linguagem de sinais, cria-se um ambiente mais inclusivo e empático. Isso ajuda a combater o isolamento social e a discriminação que muitos estudantes surdos enfrentam, além de permitir que eles tenham as mesmas oportunidades que outras pessoas, promovendo acesso a educação e garantindo os seus direitos.
Importância da Libras em Sala de Aula
Como já mencionado no início do artigo, existem muitos alunos na educação básica com algum tipo de deficiência auditiva. Com isso, fica claro a necessidade de profissionais que dominem bem a língua e que assim possam ajudar esses alunos em sala de aula.
Inclusive, consegue-se perceber que ter um curso de Libras no currículo é um diferencial absoluto em muitas vagas de emprego, tanto para professores quanto para assistentes e outros cargos não somente no ambiente escolar, mas em todo o mercado de trabalho. Ter o pleno domínio da língua pode oferecer mais oportunidades pois existe uma demanda altíssima e poucos profissionais capacitados, tanto é que, aqui no Ninpe todos os dias pessoas procuram pela atualização em Libras, pois além de possuírem certificação para comprovar no currículo, podem estudar de forma totalmente Online.
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Conclusão
A linguagem de sinais é fundamental para garantir uma educação acessível e inclusiva. Superar os desafios e investir na formação de professores, recursos didáticos e políticas educacionais são passos essenciais para criar um ambiente escolar onde todos os estudantes, independentemente de suas capacidades auditivas, possam aprender e prosperar. Ao promover a linguagem de sinais nas escolas, estamos dando um importante passo rumo a uma sociedade mais inclusiva e equitativa.
